22 de junho de 2014

Saudade, o tempo e a coragem.




Você sabe que eu não consigo guardar as coisas muito tempo né? Na verdade, me machuca ficar guardando e eu não gosto de roubar o tempo dos meus amigos com isso, então escrever se torna a melhor saída, aliás sempre foi, você se lembra de como eu sempre gostei de escrever? Não? Tudo bem.

Eu vim te dizer que você ainda está em minhas orações. Na verdade as vezes elas se tratam apenas de você. Vim dizer que ainda não tem sido fácil, mas eu sei que uma hora o alivio vai chegar. Só quem já pegou no sono chorando sabe o valor da hora do alivio.
Queria saber como andam as coisas, se você ainda continua confuso em relação ao seu futuro, se você tem cuidado direito da sua saúde e todas aquelas coisas bobas de pessoas que se importam. Todo aquele cuidado ainda está aqui.
Queria saber se os diálogos ficam na sua cabeça tanto como ficam na minha e se tudo foi da boca pra fora. Não foi não né? Alimenta a minha esperança e diz que não foi da boca pra fora, por favor, eu imploro.
Queria dizer tantas coisas que talvez você nunca entenda e que talvez eu nunca seja corajosa o suficiente para dizer olhando nos seus olhos. Na verdade nem sei se você continua lendo essa carta, mas espero que se chegou até aqui seja porque se importa, ou pelo menos porque está curioso para saber o final. Importa para você o que eu disse e o que eu deixei de dizer e as lagrimas que só meu travesseiro e esse papel podem dizer que houveram. É engraçado chorar por lembrar de sorrisos né? Chorar por causa de bons abraços e boas gargalhadas. Chorar por te ver em um lugar que é impossível esconder: dentro de mim. Posso dar um fim nos presentes, posso não visitar os lugares que a gente ia, posso dar um jeito no meu quarto e mudar tudo de lugar, tirar o que você deixou e colocar numa caixa. Mas não posso evitar que meu coração bata mais rápido ao sentir que alguém passou com o mesmo perfume que o seu. Não posso evitar de lembrar involuntariamente de você pela manhã. Talvez você possa responder essa carta me dizendo como fazer. E se eu devo fazer. Talvez você nem responda, talvez eu nem envie e você nem chegue a ler. Talvez a gente foi e passou, talvez não. Talvez você leia e sorria, talvez você veja o motivo dela e nem dê importância, e talvez você guarde-a assim como fez com as outras. Aliás, lembra das outras? Teve aquela que eu fiz no seu aniversário, aquela que eu fiz no dia do amigo, e aquela que eu fiz no dia do beijo. Talvez você nem lembre mais o meu nome e sobrenome, e talvez você se lembre de tudo e está sem coragem para me dizer, assim como eu estou e sempre estive. 

  

2 comentários:

  1. Amei o texto. Até quem fim, encontrei alguém com sensibilidade para escrever ♥

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    1. Fico muito feliz que tenha gostado jéssica <33

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